28 de fevereiro de 2010

Estarão os pais a controlar pouco os filhos em relação aos videojogos que estes jogam?


É um facto que nos dias que decorrem, os pais dão cada vez mais liberdade aos seus filhos em idades cada vez mais jovens. Controlam menos as suas actividades escolares e também as actividades de lazer. Contudo, em relação aos videojogos constatamos que os pais, apesar de controlarem o que os filhos jogam, não têm consciência do conteúdo dos videojogos (é de lembrar que estes factos correspondem à generalidade, havendo sempre excepções à regra).

É comum irmos a um estabelecimento comercial de componentes electrónicas e depararmo-nos com um pai a comprar para o filho um videojogo classificado para uma faixa etária superior á idade do filho. Esta passividade por parte dos pais irá susceptibilizar os filhos para certos conteúdos, impróprios para a idade, como é de reparar pela classificação. É também usual acontecer que um jovem pode chegar a uma loja e comprar um videojogo (e também um filme, etc.) que seja desadequado para a sua idade. Agindo contra a lei, a preocupação dos proprietários da loja e dos seus funcionários é o lucro que obtém com a venda do produto e não propriamente os possíveis efeitos que isso poderá vir a ter no desenvolvimento do jovem.

Mas porque é que os pais permitem que os filhos utilizem estes videojogos? Talvez a resposta resida no facto de os pais preferirem ter os filhos sossegados, para não serem perturbados, em vez de terem que aturar os filhos contrariados por não poderem jogar o videojogo que tanto desejavam. Ou então por acharem que os filhos já possuem uma percepção da vida suficientemente desenvolvida que os permita interpretar as situações relatadas nos videojogos, fazendo a devida distinção entre as situações desse universo irreal e o mundo virtual.

Sendo cada adolescente um indivíduo singular, é impossível garantir que um videojogo que não seja próprio para a idade de um jovem lhe cause perturbações enquanto noutro da mesma idade não causará nenhuma perturbação. Por precaução existem as classificações etárias para servirem de guia aos jovens sobre o que devem ou não jogar. Contudo, fica à inteira responsabilidade dos pais decidirem se os filhos podem ou não consumir certo tipo de videojogos. De qualquer modo existem algumas dicas para os pais que evitam não só o consumo inadequado de videojogos por parte dos filhos:
- Conhecer sempre os videojogos que os filhos jogam e as respectivas faixas etárias;
- Estabelecer horários e limites para o tempo de jogo;
- Não instalar equipamentos de videojogos nos quartos dos filhos;
- Dispor de algum tempo para conversar com os filhos sobre os videojogos que estes jogam, depurando os sentimentos que certo tipo de jogos lhes despertam, permitindo uma aproximação aos filhos e aquilo que eles jogam.

Imagem gentilmente cedida por: João Maria Ferreira

1 comentário:

  1. Ufa, ainda bem que a minha faixa etária permite jogar todos os jogos xD
    Não, mas é a realidade existente. A preocupação com o conteúdo só é visível a microscópio.
    Muito bom trabalho de pesquisa e resumo pá

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