8 de março de 2010

Serão os videojogos causadores de atitudes ou comportamentos violentos nos jovens?


É impossível determinar uma causa específica para a violência nos jovens, porque se considerarmos que o ser humano (neste caso os jovens) é um ser influenciável, qualquer factor externo ao indivíduo, pode levá-lo a adoptar atitudes e comportamentos violentos.

Se um jovem não tiver perfeita consciência de que aquilo que está a jogar é apenas um videojogo, apenas um mundo virtual, não real, poderá cair no erro de o confundir com o mundo real. Quanto maior for a distinção que se faz entre o mundo real e o virtual, menor será a probabilidade de imitar as acções, atitudes e comportamentos que aparecem neste último.

Deste modo, se um jovem que não faça a distinção entre os dois mundos transporta as acções de um mundo para o outro, tomemos um exemplo concreto: um jovem joga um videojogo, em que o personagem ataca uma galinha com um taco de basebol. Se o jogador não conseguir entender que essa situação corresponde apenas ao mundo virtual, irá realizá-la no mundo real. É nesta base que muitos comportamentos agressivos começam (pelo menos aqueles que podemos “culpar” os videojogos como sendo a causa).

Imitando aquilo que o jovem vê e joga no videojogo, ultrapassa os limites morais e éticos da sociedade em que se encontra inserido. Esta ultrapassagem vai levar a que as acções que o jovem toma afectem os outros, prejudicando-os, magoando-os e em níveis muito mais profundos de violência levando à sua morte.

É obvio que as causas que levam à violência nos jovens não são só a violência nos videojogos, as notícias violentas, os filmes violentos, todos estes meios influenciam o jovem. É também natural que certos jovens sejam mais propícios a influências. Nestes casos, o factor que faz diferir é a educação, a história pessoal e a personalidade de cada jovem. Um jovem desequilibrado mentalmente devido a uma relação familiar problemática, poderá, estando mais frágil, ser sujeito mais facilmente a influências.

Assim sendo, cabe ao jovem fazer o esforço para compreender a distinção que existe, tal como, corresponde aqueles que o rodeiam alertá-lo para essa falha cognitiva.

Há que também compreender que, os videojogos possuem faixas, que a todo o custo se devem respeitar. E porquê? A resposta reside no facto de que, por exemplo, um rapaz de 6 anos não está mentalmente preparado para jogar um videojogo classificado como +18. Não tendo essa preparação psicológica, vai estar sujeito a não fazer a diferença entre o mundo real e virtual, perpetuando as imitações das situações violentas representadas nos jogos. O controlo do respeito pelas faixas etárias deverá ser feito pelos pais, que não deverão deixar os jogar videojogos desadequados para a sua idade.

Imagem gentilmente cedida por: João Maria Ferreira

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